Perspectiva do setor educacional no atendimento a alunos neurodivergentes com TDAH

Resumo

Este artigo analisa o apoio educacional para alunos com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) a partir de uma abordagem inclusiva. O estudo teve como objetivo descrever e sistematizar as estratégias de intervenção educacional direcionadas a esse grupo-alvo e identificar os fatores que dificultam sua implementação em diferentes contextos educacionais. Para isso, foi realizada uma revisão narrativa com metodologia retrospectiva, baseada na análise da literatura publicada entre os anos de 2020 e 2025, levando em consideração bancos de dados como Scopus, ERIC e Redalyc. Os critérios de pesquisa incluíram estudos publicados em espanhol e inglês, bem como estudos empíricos e revisões teóricas sobre o tema dos transtornos do neurodesenvolvimento no contexto escolar e universitário. Os principais temas abordados foram: identidade, gênero e subjetividade neurodivergente; atitude e crenças do docente; estratégias e práticas educativas baseadas em evidências; paradigma de inclusão universitária e neurodiversidade; bem-estar financeiro; apoio parental e risco social. Os resultados identificaram que a falta de formação específica, a carga de trabalho acumulada e o escasso apoio institucional são fatores que levam ao alto nível de estresse dos professores e limitam a atenção especializada à população neurodivergente. Apesar dessa falta de formação, algumas práticas adequadas, como a autorregulação comportamental e a adaptação curricular, representam avanços significativos nos ambientes educacionais. Conclui-se que uma resposta educacional eficaz à população neurodivergente, especialmente no TDAH, requer compromisso institucional, desenvolvimento profissional contínuo e respeito pela diversidade cognitiva, com o objetivo de criar ambientes de aprendizagem inclusivos e equitativos.